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quarta-feira, 29 de julho de 2009

Luis Miranda


Ator Luis Miranda, sucesso no programa Sob Nova Direção e também no cinema. No teatro Miranda é imperdível, um show de humor.

Soteropolitanos


Boa Noite Bahia




















E quem disse que é só glamour?


E quem disse que é só glamour? Ser apresentador de TV exige muito dos estudantes de jornalismo que sonham em um dia chegar lá. O primeiro passo é treinar:


3-concretizar



2- concentrar




1- passar o texto














































Interculte 2008

Interculte 2008



Interculte 2008



Interculte 2008




Interculte 2008



Interculte 2008






































Ilê

Ao Ilê Aiyê, bloco carnavalesco localizado no bairro da Liberdade que sempre recebe os estudantes com tamanha humildade e respeito votos de sucesso sempre!

Arraiá do Galinho

Organizadores do Arraiá do Galinho

Fotos


Eu amo fotos. Clik com os amigos, familiares sempre são adoráveis momentos. Quem não tem aquelas fotos perfeitas guardadas no baú? Ou estampadas na parede da casa? Fotos são registros de momentos especiais, de pessoas que nunca esqueceremos, retratam um momento da nossa vida.

Brinde


Um brinde a lei seca, precisamos de imposição para sermos conscientes? Pelo visto sim. Mesmo com índice alto de mortes ao volante por ingestão de bebidas alcoolicas as pessoas sempre acham que é só um quarteirão, é perto de casa e nada vai acontecer.
Proxímo de casa é que acontecem os piores acidentes justamente porque as pessoas se sentem mais confiantes e não usam da devida atenção.

Trabalhador brasileiro

Entrevista com "vendedor apaixonado"
Trabalhador brasileiro é aquele que acorda cedo, vai dormindo no ônibus e acorda na hora de descer do ônibus , o sono já sabe onde deve acordar. Nos ônibus de Salvador todos os dias nos deparamos com vendedores de jujuba, doces, livros, muitos produtos.
Os doces são bons para garganta explica o vendedor, os livros ajudam a passar no vestibular e já tem a nova norma gramatical disponível para todos.
A criatividade destes vendedores encantam e divertem os passageiros. Parábens pela luta e entusiasmo!

Mestre do quadrinho nacional




Antônio Cedraz é mestre no quadrinho nacional, falar em Turma do Xaxado, em resgate da cultura nacional é falar de Cedraz.

Berbert de Castro


Ao jornalista baiano José Augusto Berbert de Castro que trabalhou no jornal A tarde por mais de 50 anos o muito obrigada pelos ensinamentos da profissão.

Dica para férias


Para quem gosta de viajar, nas férias uma boa pedida é vistar o Parque Ecológico de Aracaju, passar um dia apreciando a natureza e poder passear no teleférico por 20 minutos apreciando a vista do parque através do verde das copas das árvores.

Companhia Baiana de Patifária


A Compainha Baiana de Patifária é uma honra para nós baianos, os meninos são talentosos, humildes e receptivos. Com uma peça muito engraçada e envolvente quem ainda não viu tem que aproveitar a proxíma oportunidade para conferir o espetáculo!

O Chamado


O olhar de uma criança aflita no sinal demonstra a calamidade que vivemos na sociedade brasileira. A desigualdade na qual uma minoria tem acesso a educação, lazer e saúde e a maioria está à mercê do destino, de uma reviravolta, de um "quem sabe amanhã?".

Chocados todos ficamos, com as notícias na TV de assalto, violência e desigualdade. Mas enquanto o problema não passa da nossa porta para dentro, apenas nos assustamos e comentamos, comentários estes que não passam da hora de dormir e no outro dia ninguém lembra mais daquela reportagem, daquela cena vista no dia anterior.

O maior problema do Brasil não é o tráfico, a violência, a desigualdade, mas sim a falta de iniciativa, de projetos e de grito. Ah! Gritamos sim, mas quando atinge o nosso cercado, quando a ameaça aflinge aqueles que estão proxímos e são do memso sangue.

Mas ainda existe isso de sangue? E como!! Apenas aqueles que saíram do nosso ventre, que fazem parte da nossa família terrena que merecem nossas palavras de reivindicação. O esgoísmo que não nos permite vê que somos todos irmãos faz com que câncer e gripe suína levem embora quem amamos e quem nem conhecemos.

Para muitos religiosos é o final dos tempos, Jesus está vindo e o dia do juízo final vai chegar, mas uma certeza nós temos, o chamado esta aí a todo instante e nós que não o atendemos.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Carrego Comigo


Carrego Comigo... a saudade dos momentos que não voltam mais, das pessoas que ficaram na lembrança, o sorriso mais largo e barulhento, o choro mais calado e sofrido.
Carrego Comigo a força que nunca sei de onde vem, a esperança e a certeza de que chegarei onde almejo.
Carrego comigo os sonhos mais absurdos e mais difíceis aos olhos de quem não está acostumado a sonhar alto, e a hora da conquista é como se um estádio de futebol se rendesse a frelicidade de um gol, meu coração borbulha por sentir que meus sonhos nunca são em vão.
Carrego comigo a sinceridade, a luta, a firmeza e também a solidão e a fraqueza. O dom de ve as coisas boas nas piores, a luz no escuro e a vitória no improvável.
Carrego comigo a esperança de justiça e igualdade e também a certeza de um reencontro com todos que um dia me fizeram bem.

domingo, 26 de julho de 2009

Lições de vida


A vida a todo instante nos dá várias lições. Nós muita vezes com ansiedade e egoísmo não conseguimos enchergar. Coitados dos ouvidos de Deus! Com tanta gente pedindo, e muitas vezes todos pedindo a mesma coisa.

Mulheres pedem sáude, emprego, a realização pessoal, muitas vezes através de um casamento e filhos. Os homens pedem as mesmas coisas, dizem que não..., mas pedem. Os filhos pedem pra passar de ano e chegar logo as férias, pedem para serem aprovados e terem a tl mesada de recompensa.

Os adolescentes pedem para passarem no vestibular, os que estão na faculdade pedem um estágio, emprego e pedem, pedem, pedem...todos pedimos muito, ma so que fazemos pra chegar onde queremos? Apenas olhamos a hora passar?

Quem pede e não corre atrás, nunca pode dizer que nunca foi contemplado. Chegar onde se quer exige cautela, exige abdicar, exige tudo o que o ser humano tem dificuldade: parar, respirar, refeltir, entender e seguir em frente.
Somos todos navegantes em busca do fim da jornada, da realização, mas não consgeuimos enchergar as estrelas que tem na trajetória estas que são as verdadeiras lições de vida.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Trânsito


O trânsito brasileiro é regulamentado pela Lei 9.503/97 - Código de Trânsito Brasileito - CTB, e pelas Resoluções complementares. Me assuto ao ler em livros de auto-escola que o trânsito brasileiro é considerado bom e serve de exemplos para outros países.

Comparo a cidade, Salvador (BA) e Gramado (RS), nosto tamanha diferença, a cultura baiana de receptividade ao turista e de muita festa para esquecer os problemas esconde vários problemas dentre eles no trânsito desta cidade que é um verdadeiro caos.

Na cidade de Gramado nos sentimos pedestres privilégiados e olhamos os carros parando nas fachas por cortesia e educação e nós soteropolitanos que nos assustamos. São muitas as leis, mas nenhuma é cumprida.

Professores de auto-escola dirigem sem cinto, como a lei pode cobrar algo de nós? A consciência e educação doméstica que fazem a diferença, mas cadeira de auto-escola não faz. Nisso tudo, o grande problema são acidentes que acontecem todos os dias.

Após analisar as causas de milhares de causas de acidentes chegou-se a conclusão que 90% dos acidentes são causados por falhas humanas, 4% são causados por falhas mecânicas e 6% são causados por má condição das vias.

É engraçado chegar num psicoteste e vê pessoas que nunca estudaram na vida tendo que enteder o que fazer com o lápis sob a folha, depois o escandâlo de certificados do curso de renovação de carteira sendo comprados, e leis mais leis a cada dia que ficam no papel.

Violência doméstica


A violência, um dos graves problemas que assola a humanidade é crescente no Brasil. Em particular a violência doméstica é um crime que a cada 15 segundos atinge uma mulher brasileira.

As mulheres amam de mais, o amor é cego e traiçoeiro e os homens são violentos, ciumentos e possessivos, uma junção que acaba em tragédia. As famílias dão seus depoimentos emocionados a respeito do crime e confessam que tinham medo do assassino. A velha história que as aftalidades só acontecem da nossa grade para fora faz com que as pessoas se acomodem, rezem na escuridão e acham que apenas isto é a solução dos problemas.

Casos cruéis foram expostos no Repórter Record deste domingo e a lição que fica é que tem muita gente precisando a amar, mulheres e homens precisam saber que esta vida é um instante que passa rápido.

domingo, 5 de julho de 2009

Pingue-pongue

O desenhista de mangá, Dannilo Quadros, 22, desenha mangá há 7anos. O interesse pela arte japonêsa começou ainda na infância e perdura até hoje. Com o mangá o jovem consegue algum dinheiro, apesar de não pôder divulgar a sua autoria nos seus trabalhos.
Dannilo, que usa o nome artístico DBKUN (junção do nome com um apelido antigo), em entrevista exclusiva ao site OXENTE OTAKU, fala desta realidade e também sobre a presença do mangá em sua vida.

“(...) seria como uma chance “um em mil” de uma empresa japonesa escolher um brasileiro”.


S- Como surgiu o interesse pelo mangá?
D- A passagem de desenhos animados japoneses na tv influênciou bastante, aí eu sempre assisti, me interessei e desenhar mesmo acho que desde os quatro anos de idade. Só me interresei pelo estilo, a partir de determinado momento.

S- Porque o interesse pela cultura japonesa?
D- Ah! Eu sou apaixonado pelo traço, pela delicadeza do traço. A caracteristica peculiar do traço que é uma coisa bem limpa e bastante artístico. Também porque a cultura é uma coisa completamente diferente do que eu vivo no meu cotidiano.

S- O que você acha que leva os jovens baianos a gostarem desta cultura, tão longe e diferente da nossa?
D-Eu acho que a identificação que o jovem tem com a cultura, a maneira como eles lidam coma vida e tudo mais. Eu acho que o eles se identificam bastante com estas coisas que têm na cultura deles (japoneses) como a culinária. Tem gente que gosta de comer comida crua, essas coisas. (risos). Como os animes mostram este tipo de coisas, os jovens acabam adotando pra eles mesmo.


S- Qual o gênero que você desenha e por que?
D- Eu desenho shounen que são desenhos voltados para um público masculino jovem. Shounen significa menino. Eu tenho alguma influências em termos de traços e outros estilos, só que a base principal é o shounen. Por que é a maneira como se conta a história, o público direcionado, dentre outras coisas.

S-Você cria as histórias também?
D- Sim, também. Na verdade eu já fui professor de mangá, tanto de roteiro como desenho também. Era particular, fazia quem queria tomar aula comigo.


S- Quais as caracteristicas que você usa em relação a roupa, corpo?
D- Eu uso muitas referências de artistas preferidos meus, que geralmente são de RPG, de playstation. Eu gosto muito de desenhistas como Phinal Pantasi.

S- Qual a maior dificuldade em desenhar um mangá?
D- Tempo. Ás vezes eu acho que o dia devia ter 36 horas.

S-Pra ficar quanto tempo desenhando nestes 36?
D-Olha eu já fui muito, digamos assim: viciado. Eu já cheguei a virar dias, hoje em dia eu não faço mais isso, até mesmo porque tem a faculdade, tem outras coisas pra dá conta.

S- Os seus trabalhos você publica onde?
D- Ultimamente eu publico os trabalhos no orkut. Só que existe uma galeria virtual muito famosa chamada: Deviante, onde não só desenhistas como também fotográfo publicam trabalhos deles lá.

S- O mangá é apenas um hobby ou você tem lucrado com isto?
D-Tenho lucrado. Inclusive eu trabalho como freelancee e agora também eu sou ilustrador. Eu trabalho com uma certa quantidade de exportações por mês, eu exporto pra uma pessoa em São Paulo que exporta pra fora do país.



S- Então seus desenhos já estão famosos pelo mundo?
D- Bom, o único problema é que eu não tenho exclusividade, eu não posso dizer que fui eu que fiz. Mas o dinheiro vem do mesmo jeito.

S- O seu nome não pôder ser divulgado e consequentemente também não ser reconhecido, lhe incomoda?
D-Na verdade não, mesmo porque não é uma área muito do meu interesse. Acho que os meus trabalhso próprios eu vou divulgar por mim mesmo e vou colocar meu nome neles.

S- Você pensa em tornar os seus mangás em anime?
D-Bom, revista é uma realidade palpável. Mas anome é diferente, não existem empresas que criam desenhos animes no Brasil, e os japoneses são muito exigentes, seria como uma chance “um em mil” de uma empresa japonesa escolher um brasileiro.
Poque eles não gostam muito de estrangeiro, nem mestiço.

Mangá em solo baiano


por: Priscila Bastos


A febre japonesa denominada de “mangá” chega ao Brasil e já tem muitos adeptos. O mangá ou manga é a palavra usada para designar as histórias em quadrinhos feitas no estilo japonês. Vários mangás dão origem a animes, que são os mangás que são exibidos na televisão, em vídeo ou em cinemas.
Os mangás têm suas raízes no período Nara (século VIII d.C.) com a chegada dos primeiros rolos de pinturas japonesas: os emakimono. Eles associavam pinturas e textos que juntos contavam uma história à medida que eram desenrolados. O primeiro desses emakimono, o Ingá Kyô, é a cópia de uma obra chinesa e separa o texto da pintura.
A primeira associação relacionada a mangá, a Associação Brasileira de Desenhistas de Mangá e Ilustrações, foi criada em 3 de fevereiro de 1984, o "boom" dos mangás no Brasil aconteceu por volta de dezembro de 2000, com o lançamento dos títulos Samurai X, Dragon Ball e Cavaleiros do Zodíaco pelas editoras JBC e a Conrad (antiga Editora Sampa).
Os jovens brasileiros estão focados nesta nova “onda”, muitos gostam de desenhar mangá e conseguem até lucrar com este “hobby”. Como é o caso do baiano Dannilo Quadros, 22 anos, que desenha mangá há sete anos. “Ah! Eu sou apaixonado pelo traço, pela delicadeza do traço. A caracteristica peculiar do traço que é uma coisa bem limpa e bastante artístico. Também porque a cultura é uma coisa completamente diferente do que eu vivo no meu cotidiano”, explica Danillo.
O mangá possui vários gêneros desde shoujo (voltado para um público feminino jovem), shounen (voltado para um público feminino jovem), mecha (animes caracterizados por rôbos gigantes, entre outros. Atraves destes genêros e da criatividade do artista que os mangás vêm fazendo uma história de sucesso onde chega.

Japão chega à Bahia
São muitos adeptos e admiradores da arte em Salvador, os jovens soteropolitanos fogem à regra e estendem a bandeira do Japão em solo de muita festa e acarajé.
O estudante de jornalismo, Manoel Arthur, 21 anos, acredita que a cultura japonesa estra chegando a Bahia através dos mangás “mostra que não somos só a terra do axé como de todas as culturas”.
“O mangá propicia um novo olhar aos jovens, estar em contato com outros traços e cultura são importantes para o crescimento e a amadurecimento desta geração, falou a estudante de psicologia, Paloma Alves, 20 anos”.
Ela alerta para que o “hobby” não se transforme em um problema, explica que o jovem deve entender que assim como o vicio em programas de computador o simples lazer de desenhar, também deve ser observado para não virar uma dependência. E ressalta que a pessoa deve entender que o desenho lhe é exterior, para não haver a imaginação de que o individuo é o personagem.










*Confira ainda: A entrevista na integra e o video de Danillo desenhando um mangá.
**e MAIS: Album com desenhos de Dannilo

Os abusos do quarto poder:A atuação da imprensa no caso da Escola Base*

Priscila Bastos**

Resumo

Neste artigo foram levantadas algumas questões sobre a cobertura abusiva da imprensa no caso da Escola Base, ocorrido em março de 1994 e com grande repercussão na mídia.
Em seguida retrato o Código de Ética dos jornalistas neste caso (Escola Base) e O Estatuto da Criança e do Adolescente diante também deste fato.


Palavras-Chave: abusos da imprensa, Escola Base, código de ética.


* Este artigo é um trabalho da disciplina Ética.
** Estudante de Comunicação Social com habilitação em Jornalismo do Centro Universitário Jorge Amado (Unijorge).
1INTRODUÇÃO

A vida em sociedade está intimamente ligada a fatos que viram manchete. Desde acidentes, corrupção, assassinatos, que sempre se assiste na televisão e se lê nas revistas e impressos. Até os casos mais chocantes e que deixam marco e sempre são relembrados pela população.
A mídia mostra o que acontece, e milhões de pessoas assistem no mundo todo, é assim que acontece com notícias consideradas importantes e interessantes. A cada minuto a disputa pela informação em primeira mão aumenta. E então são escaladas equipes para se empenhar no caso novo: produtores, repórteres, cinegrafistas e fotógrafos batalham a todo instante pela melhor matéria, melhor entrevista, melhor foto, pelo melhor furo de reportagem.
Nesta questão da disputa entre as emissoras, rádios e impressos concorrentes, que a equipe deve ter todo o cuidado para checar informações e pensar muito bem antes de publicar. É neste ponto crucial que a imprensa pode falhar, pela disputa com o tempo e com o concorrente, muitos publicam sem repensar o que estão a divulgar.
A ânsia pela matéria ser a mais comentada no dia seguinte, por vezes faz da mídia que é o “quarto poder”, abusar desta colocação que ocupa e ser sensacionalista para obter ibope. O cuidado com as fontes e principalmente sendo crianças é muito importante, preservar a identidade das mesmas em certos casos é crucial para que a vida destas seja resguardada. Desta forma, o que era pra ser a melhor manchete pode ser alvo de processos por parte das fontes. A informação equivocada gera muitos danos à mídia e aos envolvidos.
Este trabalho é sobre os abusos da imprensa no caso da Escola Base. Caso que se tornou marco e referência para a mídia, de como se devem apurar os casos, e principalmente com quem apurar.
Para abordar este assunto, retomamos ao momento histórico para a imprensa, que é no mês de março, de 1994, quando surgiu um caso que chocou o país: o “caso” da Escola Base. Um escândalo que vai tomando dimensão na mídia brasileira e chega até na imprensa estrangeira. Os jornais daquela época dedicam espaço para o assunto, retratando a cada dia mais informações sobre o caso, informações estas que não são bem apuradas e julga a todo o momento pessoas inocentes.

2 Retomando a março de 1994
O mês de março de 94 é considerado um marco para a imprensa, para o entendimento dos abusos que a mídia cometeu neste “caso” da Escola Base, crucificando inocentes. “Kombi era motel na escolinha do sexo”, é a manchete do jornal Notícias Populares. “Perua escolar carregava crianças para orgia”, manchete do jornal Folha da Tarde.
Para o leitor que vê estas manchetes, com certeza pensa que pessoas muito más e que merecem ser presas cometeram este ato com crianças, serem inocentes e indefesos. A imprensa passa a informação correta, é o pensamento da população atual e a daquela época. Mas a imprensa falhou, e estas manchetes são poucas para representar o tamanho da injustiça.
“Até então Ayres podia se considerar um cidadão anônimo e feliz, que nunca imaginava ver-se conhecido no Brasil e no exterior como Icushiro Shimada, o dono da Escolinha do sexo, uma das sete vítimas dos mais notórios crimes cometidos pela imprensa nacional”. (RIBEIRO, 1995, p.10)
Ayres, esposo de Cida, proprietária da Escola de Educação Infantil Base, no bairro da Aclimação, zona sul de São Paulo é acusado de abuso sexual pela mãe de um aluno. O que muda a vida do casal, que com muito empenho construiu a escola, um sonho de Cida. E afeta também a vida de Paula, prima e sócia de Cida, e também de seu esposo Maurício que ajudou na concretização da idealização de vê a escola pronta.
A acusação surge a partir da conversa que, o garoto ficticiamente chamado de Fábio tem com sua mãe Lúcia. O menino deitado sob a mãe faz movimentos sexuais, o que apavora a mãe que acusa Ayres e os demais inocentes: Paula e Maurício (já citados), Saulo (pai de Rodrigo, colega de Fábio), Mara (mãe de Rodrigo) e o estrangeiro Richard, de estarem cometendo abuso sexual aos alunos.
As acusadoras são Lúcia e Cléa (mãe de Cibele, colega de Fábio), que é procurada por Lúcia. Elas vão ao 6º DP e as crianças são encaminhadas para Instituto Médico Legal (IML) para fazer exame de corpo delito. Obtiveram um mandado de busca e apreensão na casa de Saulo e Mara.
Na casa do casal, nota-se como a polícia é amadora, por permitir que as crianças vejam fotos de Saulo, sendo que deveriam ser isoladas para depois haver reconhecimento. Diante dos erros da polícia, agora começam a ser somados os erros e abusos da imprensa. Com feriado da Páscoa, o caso que tinha sido exposto até então de maneira correta pela mídia, vem à tona de uma maneira sensacionalista. A sensação é que sem notícia, o melhor era focar na notícia da Escola Base, por ser notícia de impacto.
Sem muitos indícios do caso ser real ou não, a TV Globo, usa a imagem e desabafo das mães das possíveis vítimas. Os relatos transformam os acusados antes da hora em monstros, não sendo nem um pouco equilibrada.
A TV Cultura fez uma entrevista com um dos garotos, tomando as acusações como verdade e induzindo as respostas da criança. A Rede Cidade da TV Bandeirante fez uma entrevista com o delegado que está apurando o caso, com perguntas ambíguas e desejo precipitado de punição.
Os impressos pecavam por omitir informações importantes: que a casa de Saulo e Mara foi revistada de surpresa, e nada foi encontrado. O testemunho do chefe de Saulo que favorecia aos acusados, também não foi divulgado.
Com tamanha atenção da mídia para o caso, outros pais surgem com acusações absurdas, sendo que depois estes acusadores se contradizem diante dos relatos anteriores, porém são mais fatos relatados pela mídia como verdadeiros. Os jornalistas já perdiam também a preocupação com a exatidão das informações publicadas. E agora as acusações são de que a escola drogava as crianças, e também a possibilidade das crianças terem contraído AIDS.
Até que Richard, o estrangeiro que mora no Brasil é o mais novo vilão da história. Refém da má conduta policial e da imprensa. E os jornalistas além de tudo, tomavam as declarações em off como verdadeiras, sendo que o procedimento correto seria publicar a informação somente se confirmada pelo depoimento de pelo menos outras duas pessoas, que poderiam ser preservadas. O jornal Folha da Tarde, por sua vez revelou uma fonte, tendo um comportamento ético questionável, já que traiu um compromisso de sigilo com a mesma.
Segundo Pedicini (1995, p152) “desse episódio tira-se a conclusão de que o maior vício da imprensa não é somente basear-se em declarações oficiais. No momento de sua prisão os jornalistas acreditaram, sim, na versão oficial, mas somente porque a história era interessante para a venda de seus jornais.”
Por fim, todos os acusados são declarados inocentes sob arquivamento do caso. A imprensa se redime, enchendo páginas dos impressos de matérias inocentando os acusados, porém o maior estrago da mídia já havia sido feito: o “caso da Escola Base”. Este foi o maior caso de erro e falta de ética na imprensa brasileira na falsa acusação de pessoas inocentes.



3 O Caso Escola Base e o Código de Ética dos Jornalistas
De acordo com o Código de Ética dos jornalistas, o caso da Escola Base não cumpriu a muitas determinações deste. Segundo o capítulo I (Direito a Informação), do art 2º do código: “a divulgação da informação precisa e correta é dever dos meios de comunicação e deve ser cumprida independentemente da linha política de seus proprietários e/ou diretores ou da natureza econômica de suas empresas”. As informações divulgadas no caso da Escola Base não foram nem um pouco precisas e corretas.
O artigo 2 afirma ainda que “a produção e a divulgação da informação devem se pautar pela veracidade dos fatos e ter por finalidade o interesse público”. A partir do momento que os jornalistas expõem informações que não são bem checadas, logo não são verdadeiras e procuram atingir o interesse público de uma forma alarmista e sensacionalista, é mais uma vez antiético.
O Capítulo II (Da conduta profissional do jornalista), artigo 5º: “é direito de o jornalista resguardar o sigilo da fonte”. No caso da Escola Base, o off foi muito utilizado, porém de maneira equivocada como já foi explicado. O jornal Folha da Tarde revelou uma fonte, tendo um comportamento ético questionável, já que traiu um compromisso de sigilo com a mesma. Quando o jornalista afirma pra fonte que o nome ou imagem da mesma não será exposto e descumpre com o acordo, está indo contra o código. Neste caso inclusive a integridade física da fonte é posta em risco.
O capítulo III (Da responsabilidade profissional do jornalista), artigo 12, deixa claro que se “deve buscar provas que fundamentem as informações de interesse público”. Na falta de provas o caso da Escola recorre apenas a opiniões e desabafos dos acusadores.
Em manchetes dos jornais os acusados são tratados como culpados e da pior maneira possível, desta forma os jornalistas descumpriram com o código de ética que deixa claro que se deve tratar com respeito todas as pessoas mencionadas nas informações que divulgar.
Sendo assim a mídia que em 1994 apurou o caso da Escola Base e descumpriu a várias normas do código está sujeita às penalidades de observação, advertência, suspensão e exclusão do quadro social do sindicato e à publicação da decisão da comissão de ética em veículo de ampla circulação. Como deixa claro o próprio código.

4 O Caso Escola Base e o Estatuto da Criança e do Adolescente
O Estatuto da Criança e do Adolescente prevê a proteção integral à criança e ao adolescente. No caso da Escola Base muitas normas previstas no Estatuto foram descumpridas, visto que, as crianças foram expostas na mídia dando entrevista, além de darem declarações à polícia e irem aos suspeitos locais do crime sem o acompanhamento de psicólogos.
As crianças foram expostas ao constrangimento e terror, como afirma o capítulo II (Do Direito à Liberdade, ao Respeito e à Dignidade), art. 18 do Estatuto: “é dever de todos velarem pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor”.
As crianças cuja família acusava os funcionários da Escola, tanto Rodrigo filho do casal: Saulo e Mauro que viu os pais serem ofendidos passaram por tamanha irresponsabilidade da polícia, órgão que deve zelar pela integridade física e também emocional dos cidadãos.


5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
De acordo com o levantamento teórico realizado, percebe-se que a imprensa que deve transmitir a informação correta, ouvir os dois lados de um caso, expor para o telespectador ou leitor a situação e não tomar um lado como verdadeiro e divulgar o que julga como certo sem provas.
O caso da Escola Base retratado neste artigo trouxe a tona o Código de Ética dos jornalistas que foi brutalmente ofendido pela imprensa de 94 que agiu contra muitos preceitos deste. O Estatuto da Criança e do Adolescente também mostra como a mídia agiu de maneira irregular com as crianças deste fato que eram vítimas de abuso sexual segundo acusações.
Notamos a polícia por vezes sem experiência para apurar o caso e fazendo da mídia uma parceira para se destacar. Pessoas envolvidas diretamente e indiretamente no caso (parente dos acusadores, por exemplo) dão declarações e depois às desmentem, demonstrando que a massa queria participar de um caso grave sem atitudes éticas.
Diante deste acontecimento considerando marco na história da mídia brasileira, podem ser retiradas várias amostras de como a imprensa não deve agir, para evitar processos e preservar a vida de inocentes.



REFERÊNCIAS
RIBEIRO, Alex. Caso Da Escola Base: os abusos da imprensa: Ática , 1995.