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sábado, 31 de julho de 2010

CAP ESCOLA DE TV EM SALVADOR

Reserve sua vaga nos cursos através de e-mail capvideo@gmail.com ou radarezeda@hotmail.com

ANTECIPADAMENTE pois são 15 alunos por turma.



Contatos: (71) 9167.8274 - 8774.8870 - 4102.6852



Obs: Os cursos de LOCUÇÃO E EDIÇÃO DE IMAGEM ainda não tem datas definidas.


1) CURSO DE INTERPRETAÇÃO PARA TV / TELEJORNALISMO em Salvador

Inicio: JULHO

Duração: 5 meses, turmas Sábados das 9 as 12.30h

Conteúdo: dicção (voz/fala); memorização de textos; leitura e interpretação; expressão corporal; gravação.

Professora: Rada Rezedá


2) CURSO DE TV PARA ATORES em Salvador

Turmas para iniciantes, adolescentes e crianças

Aulas as sextas das 14.30 as 17.30 h - inicio 09 / 07

Aulas as terças das 18 as 22h

Final: Dezembro

Professora: Rada Rezedá


A mulher e a medicina é tema de aula gratuita

O tema As Damas de Branco na Biomedicina Baiana abre nova fase do curso Conversando com sua História que retoma atividades nesta terça-feira.

O Centro de Memória da Bahia da Fundação Pedro Calmon/Secult, retoma o curso gratuito Conversando com sua História na próxima terça-feira, dia 3 de agosto, às 17h, no auditório da Biblioteca Pública do Estado da Bahia (Barris). A primeira aula dessa nova fase terá como tema: As Damas de Branco na Biomedicina Baiana (1879-1949): Médicas, Farmacêuticas e Odontologas, e será ministrada pela professora Iole Macedo Vanin.

A palestra será baseada na tese de doutorado, na qual a professora pesquisou sobre “As mulheres da Faculdade de Medicina da Bahia: médicas, odontólogas e farmacêuticas (11879-949)”, cujo objetivo foi analisar se houve um rompimento do mundo biomédico baiano a partir do acesso das mulheres aos cursos superiores da Faculdade de Medicina da Bahia – reduto exclusivamente masculino até 1843, quando se forma a primeira parteira.

Iole Macedo Vanin - É graduada em História pela Universidade Católica do Salvador (1998), mestrado e doutorado em História pela Universidade da Bahia (2008). Atualmente é professora adjunta da Ufba e pesquisadora sobre Mulher e Gênero.

CURSO - Promovido pelo Centro de Memória da Bahia, unidade da Fundação Pedro Calmon/Secult, o Conversando com sua História tem como objetivo promover, proteger e dar conhecimento da História da Bahia e se estende até o mês de outubro, sempre às terças-feiras. Os participantes que tiverem 75% de freqüência receberão certificado.

Mais informações
Centro de Memória: 71 3117-6030 /6050ASCOM Fundação Pedro Calmon: (71) 3116-6918 / 6676

quinta-feira, 29 de julho de 2010

I Semana de Integração com a Comunidade

Assessoria de Comunicação do GRUPO MONTESSORIANO


A Faculdade Montessoriano dá inicio a I Semana de Integração com a Comunidade, que vai de 2 a 6 de agosto.

O evento tem a finalidade de oferecer oficinas, mini-cursos e palestras ao publico, difundindo conhecimento e auxiliando no seu desenvolvimento. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no local ou por telefone (71)3371-5643. Os participantes receberão certificados logo após a participação em cada atividade.



Serviço:

O que: I Semana de Integração com a Comunidade

Quando: 2/08 à 6/08

Onde: Faculdade Montessoriano de Salvador - Rua Abelardo Andrade de Carvalho, nº05 Boca do Rio.


Mais infos: 71 3371.5643/ 3025.5382/ 5354

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Sabor Brasileiro Café inaugura nesta quinta

No próximo dia 29 de julho, mais um grande empreendimento, em conforto e excelência em atendimento será inaugurado em Feira de Santana, no térreo do Shopping Arnold Silva Plaza, no Centro. Com projeto da arquiteta Gabriele Meireles um novo conceito em gastronomia em um ambiente totalmente agradável, ligando qualidade, conforto e bom gosto. Tudo isso, começa a movimentar a cidade, no dia 29, com assinatura do Chefe Borges um dos mais conceituados da cidade e região. Sabor Brasileiro Café abre um novo conceito de atendimento, com nova linha de cardápio e excelência em atendimento. Sabor Brasileiro Café venha degustar essa novidade.





YourCom

- Informações a Imprensa –

Jelber Cedraz DRT-Ba 3318

(71) 8602 6197 - (75) 9151 0825/ 8124-5466

jelbercedraz@yahoo.com.br

imprensa@yourcom.com.br

Talentos da Maturidade

Mais infos: http://poesiabaiana.com.br/

quarta-feira, 21 de julho de 2010

terça-feira, 20 de julho de 2010

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Grupo Ronco da Madrugada

       Foto: Ronco da Madrugada/ Priscila Bastos


Por Priscila Bastos

O grupo Ronco da Madrugada, idealizado por Aline Lobo, Juliana Leite e Larissa Lacerda é uma boa pedida para quem gosta de boa música e poesia. Em entrevista, as meninas falam como surgiu o nome Ronco da Madrugada, como aliam música e poesia nos shows.


Poesia Baiana- Como surgiu a idéia do nome?

Ronco da Madrugada- Quando a gente teve a ideia de começar a fazer tinha que ter um nome e não sabíamos que nome dar. A primeira vez que eu ouvi Alyne cantar foi uma música chamada Noite Severina, que é linda! Uma poesia. Tem um trecho da música que diz assim: “no ronco da cidade uma janela assim acesa” e quando ouvi essa parte a gente conversou e ficou Ronco da Cidade, porque pensamos que tinha relação com que queríamos dizer, boêmia, ruído da madrugada, cidade e de repente a gente já tava usando Ronco da Madrugada e ficou a madrugada.

Poesia Baiana- Com que tipo de música o grupo trabalha? Com MPB a gente fez um trabalho de pesquisa, de montagem do show e pensamos em um conceito teatral e trabalhamos com quatro ciclos durante o show.

Porque Poesia? A gente gosta de música e poesia, então complementou.

Como a poesia entra no show, vocês cantam poesia? Não a gente não canta a poesia, nós recitamos. A música está acontecendo e a poesia vai junto. Tem uma questão ainda que a gente discute, poema é a forma e poesia é o lirico , esse cheiro de coisa gostosa, o que vai de dentro do sujeito. O conceito da gente é que poesia tá em várias formas de linguagem, não tá só no poema, apesar da gente usar também o poema.

Vocês têm orkut, blog para divulgar o grupo? Orkut, blog ainda não. A divulgação é feita por e-mail.

Vocês pretendem ampliar o grupo? O grupo já é enorme (risos). A ideia do grupo é que ele exista independente de quem esteja. Para gente quem participa do Ronco uma vez já é do grupo.

Como vocês se conheceram? Nos conhecemos há muito tempo, eu e Alyne, mas a gente não tinha contato musical, pois não sabia que ela cantava. Fazíamos aula de canto no mesmo lugar, mas em horário diferente. Por conta da professora Ana Paula Albuquerque, que fazia recitais, cheguei e ouvi Alyne cantando “Noite Severina” quando eu vi quem era, não acreditei, muito lindo, uma pessoa que eu já via há uma ano e meio. E Juliana… a gente se conheceu na rua aqui no Rio Vermelho.

Depois de tanta propaganda, queremos ouvir vocês cantarem um pouco, vocês podem cantar?Ahhh! (risos)

Cordelista Antônio Barreto

Foto: Antônio Barreto/ Priscila Bastos


por Priscila Bastos

O Cordelista Antônio Barreto em entrevista à Equipe do Site Poesia Baiana falou como surgiu o interesse pelo cordel, livros publicados, a repercussão dos cordéis feitos para o apresentador Pedro Bial e para o cantor Caetano Veloso.



Poesia Baiana-Como surgiu o interesse pelo Cordel?

Antônio Barreto- Desde a minha infância, no sertão da Bahia em Santa Barbara de onde venho. Nasci na zona rural na Fazenda Boa Vista, a 11 km da cidade, e ali tive a alegria de conviver com as mais variadas formas da manifestação popular: como a vaquejada, o samba de roda, festa de São João, de São Pedro, tiração de argola, pau de sebo, corridas de saco, tourada, depois a arte circense. E além do mais minha avó me levava para cidade e lá ficava encantado com a performance dos cordelistas vendendo seus folhetos na feira. Naquela época final da década de 60, e início da década de 80, ainda havia essa tradição dos cordelistas irem às feiras vender os seus folhetos de cordel. Eles eram criativos e aquilo me encantava. A beleza dos repentistas também era algo que me encantava. E tudo começa por aí na minha primeira infância.

Teve algum incentivador, motivador da família ou então amigo? Eu tenho 18 irmãos e nenhum deles é voltado para poesia ou para o cordel. Meus irmãos atuam em outros segmentos: educação, ciências exatas, empresários, etc. Sou o único da família que tem amor, admiração pela poesia. Às vezes digo que é algo cármico (risos), meu processo cármico a ser desenvolvido e aperfeiçoado no planeta Terra. Trago um pouco de influência do meu irmão mais velho, Benedito, que foi vaqueiro a vida inteira. Benedito não estudou e assumiu ser vaqueiro.

Você usa a internet para divulgar sua poesia? Sim. Tenho divulgado muito meu cordel na Internet. Não era tão comum divulgar a literatura de cordel em internet, mas possivelmente é um meio de comunicação forte e contagiou todo planeta Terra, então aproveito esse instrumento da modernidade pra divulgar a minha literatura de cordel. Recentemente publiquei dois cordéis na internet, que foi a crítica a Pedro Bial e uma resposta a Caetano Veloso, a respeito do que ele havia dito do Lula e fez um sucesso danado. Esta em mais de trezentos blogs. Minha intenção agora é continuar divulgando na Internet, mas não essa crítica direcionada, mas sim, colocar mais cordéis de cunho pedagógico.

Além da sala de aula qual outro lugar você divulga a sua poesia? Ah! Participo de muitos eventos de cultura popular no interior da Bahia. Muitas instituições me convidam para fazer palestras, oficinas de cordel. Estive em Santa Barbara onde aconteceu um Colóquio sobre Litaeratura de Cordel justo no Colégio onde estudei foi uma emoção muito grande. Estou caminhado por vários lugares não só dentro da sala de aula.

Barreto você já publicou algum livro?
Sim. Tenho alguns livros publicados, como Um Versos Outros, que é de poesia livre, publiquei Flores do Umburana, em 2006, pela Fundação Cultural do Estado, pelo Sebo Letras da Bahia, que é uma premiação de grande importância e, recentemente, publiquei um livro paradidático de cordel chamado O Cravo brigou com a rosa, com ilustrações do grande cartunista baiano Antônio Cedraz. Esse livro faz um sucesso danado aí com a garotada. E tem mais dois lá em Brasília na editora Conhecimento a serem publicados, que é Atirei o pau no gato e Pai Franscisco entrou na roda, também releituras em versos de cordel.

O que lhe dá mais retorno essas publicações também usadas em sala de aula ou agora com a divulgação em internet? Olha as duas formas são interessantes, embora a divulgação através da internet esteja mais abrangente e mais rápida. Recebo e-mails com elogio lá da França, da Argentina, de Coité, de Santa Barbara, da Paraíba, do Mato Grosso, de Portugal. Então essa é uma divulgação mais abrangente. Mas essa divulgação feita em escolas é interessante porque vão surgindo mutiplicadores, a partir do momento que eu dou uma oficina de cordel em uma escola para professores, eles se empolgam e passam a trabalhar com seus alunos a literatura de cordel.

O senhor pode recitar um cordel?Uma vez em sala de aula me recordo que os alunos estavam fazendo muito barulho e de repente baixou um santo em mim e fiz um Pai Nosso chamado Pai Nosso da Educação em versos de Cordel que diz assim: Pai Nosso que estais no céu olhai para educação, protegei os professores nessa difícil missão porque já não suportamos tamanha consumição perdoai nossas ofensas causadas pelo estresse porque são quarenta horas no eterno sobe e desce, além do salário baixo que o governo oferece dai-nos bastante coragem e paciência também não deixeis que nos tornemos da tristeza um refém nós queremos melhoria livrai-nos do caos, amém.

Crispim Quirino

por Priscila Bastos

O poeta Crispim Quirino, inteligente e tímido, esteve com a Equipe do Site Poesia Baiana no Centro Cultural da Cidade de Cachoeria, Pouso da Palavra. Ele falou como se descobriu poeta, o primeiro poema e as maiores dificuldades em ser poeta.


Poesia Baiana- Como você se descobriu poeta?

Crispim Quirino- Dizem que o poeta se descobre com o passar do tempo. Comigo não aconteceu diferente. Aos 13 anos comecei a me familiarizar com as letras. A poesia já vivia em mim, o que precisava mesmo era materializar isso. Sou de origem de família humilde, mas percebi que nas palavras, nas letras podia conhecer poetas como Carlos Drummond de Andrade, com quem me identifico muito. Um poeta que me influência bastante, assim como o Mário Quintana, o Osvald de Andrade. Com 13 anos percebi que poderia ser mais do que eu já era. Os conflitos sociais, as disputas políticas na época, o borbulhar dos interesses econômicos sociais e culturais do país fizeram com que percebesse que ou seguiria o proletariado em busca de um socialismo, onde você ainda vivesse da sua força de trabalho e procurar nas palavras uma forma de me distanciar dessa realidade.

Você lembra qual foi o primeiro poema? O primeiro poema que eu escrevi foi A vida sobre a cidade de Maragogipe. Mas achei um poema muito comum, muito simples não tanto meloso, mas infantil. Aí tive que rasgar este poema. Depois escrevi uns dois, três livros e rasguei também. Na verdade estava tentando me reformular. Indo para literatura, fugindo um pouco do campo, foi que pude perceber que tinha uma proposta ainda a ser fincada. De lá para cá escrevo alguns livros. Porém, o meu livro mesmo, como proposta literária, será A Cidade Perdida.

Qual a maior recompensa em ser poeta? A maior recompensa em ser poeta é ser poeta. Não existe outra recompensa. O poeta vive em prol de sua proposta de literatura, de sua poesia e poder com essa poesia ultrapassar fronteiras. No mais escuro possível da obra, o poeta procura não deixar de ser poeta.

Quais as dificuldades enfrentadas por um poeta? As dificuldades que um poeta enfrenta é pagar luz, água a subsistência no mais o poeta se alimenta com a sua maneira de ver o mundo. Com poesia não se ganha dinheiro o dinheiro vem pra poesia. Tiveram muitos poetas que não foram reconhecidos em vida e no entanto venderam muitos livros.

Como você vê o jovem em relação à poesia? O jovem precisa ser mais despertado porque o mundo globalizado a gente tem que perceber a importância da poesia e direcionar essa poesia para essa poesia paar essa nova juventude que esta aí que eu acredito que não é uma juventude coca-cola, mas uma juventude raitech onde a tecnologia esta ganhando vida e a juventude perde sua vida porque vê a sua vida sendo absolvida sendo direcionada para os meios de comunicação, de cultura e massa e a tecnologia infelizmente acaba direcionando este caminho e o jovem ele fica à margem desse processo não percebendo que a poesia é um elemento fundamental para ele perceber-se enquanto ser humano e também perceber a importância da tecnologia na vida dele não como um processo que venha a alienar, mas um processo que venha a coadunar entre a arte e o fazer científico.

Para finalizar você poderia declamar um poema? Eu tenho vários poemas para declamar, mas as pessoas sempre pedem para mim O poeta. Acho que muitos vêem nesse poema um pouco de si.

Nádia Cerqueira


                                                Foto: Nádia Cerqueira/ Priscila Bastos



por Priscila Bastos

A poeta Nádia Cerqueira escreve poesia e mantém projetos para dar visibilidade a novos artistas, que declamam seus versos, já que a poeta tem vergonha de recitá-los. Charmosa, sempre com flores nos cabelos, apaixonada pelo mar, Nádia revela sua história contemplando a dança das ondas e a beleza das águas.


Poesia Baiana- Quando você começou a escrever?

Nádia Cerqueira- Comecei a escrever quando era ainda uma criança. Primeiro comecei a ler para me inspirar. Lia livros que não era bem pra minha idade, como livros de romance, que eram proibidos na época para quem era menor. Como não tinha acesso a outro tipo de leitura e gostava de ler, então pegava os livros do meu irmão e lia atrás da porta para meu pai não ver, principalmente os livros eróticos. Aos 10, 11 anos comecei a fazer os primeiros versos. Os vizinhos começaram a me pedir para escrever cartas para os parentes que tinham longe. Virei escrevedora de carta. Mais tarde, na adolescência, comecei a escrever poesias de amor e dava para os amigos e um namoradinho que tive na época. Mas não levava a sério. Nunca pensei que eu ia ser uma poetisa, publicar livro…

Como foi o processo para publicar os seus livros? Fui trabalhar na Secretaria de uma Escola lá em Irará. Lá uma professora pediu para ver meus poemas. Além da correção, ela me incentivava para publicar e ei ia escrevendo e mostrando para ela corrigir algumas coisas. Eu falava a ela como eu vou conseguir? Eu me via muito longe de publicar um livro entendeu? Porque eu achava também que o que eu escrevia não ia ter um respaldo legal achava que era muito bobo pra publicar. Então eu liguei pra um amigo meu ele é artista plástico e perguntei a ele se tava longe de eu conseguir procurar um livro e ele disse que não que era para eu procurar uma pessoa que tivesse alguma editora foi que eu perguntei a outros poetas aqui de Salvador como era e eles disseram que era dificuldade total. Então eu fiquei com medo já não acreditava mesmo na minha poesia e aí eu resolvi procurar ajuda com amigos e já tava com a vontade lá no céu em querer publicar. Procurei um amigo de meu pai publicitário me identifiquei porque ele não me conhecia ele pediu pra ler os poemas, gostou falou que tinha ritmo e disse que publicava por conta dele me deu esse presente 500 exemplares.

E a publicação do segundo livro? Sempre quis homenagear “painho” de alguma forma, depois que ele foi embora. Então resolvi escrever a biografia do meu pai. Procurei informações e fiz um resumo da vida dele. Em 2006 lancei lá em Irará a biografia Alfredo da Luz: a alegria em Irará, com depoimentos dos amigos.


Por que escrever poemas eróticos? Porque tudo que tem censura atrai o leitor. A inspiração vem dos livros que li na infância e que eram impróprios para minha idade.

Como surgiu a idéia dos projetos? Para o lançamento do meu primeiro livro em 2004 queria um recital, mas quem vai recitar se eu tenho vergonha? Aí criei o grupo Vozes da Poesia, formado por alguns poetas de Irará. Eles decoraram os poemas e fizemos o lançamento na Casa de Angola com recital e muita música. Em 2005 criei o Projeto Irará Poesia e Arte, que além de recitar os poemas, outros artistas também mostram os seus trabalhos. É uma forma de quebrar a dificuldade das editoras, já que as pessoas não têm conhecimento sobre o que você escreve.

E o Projeto Arte Livre? Agora estou com esse Projeto Arte Livre e a finalidade é a mesma eu crio o textos nos temas diversos destinado a uma bailarina, arte circense e arte de um modo geral. Eu criei o projeto pra mostrar através de outras artes a minha poesia para o público. Tudo isso pra enfrentar a dificuldade de se editar livro porque o retorno financeiro pode se dizer que é quase zero porque quando a gente vende um livro o gasto com a produção dele é muito maior. O valor financeiro é pouco eu escrevo mais porque eu gosto e se eu gosto eu queria que outras pessoas vissem e critiquem para eu saber onde é que eu posso melhorar.

Carlos Barreto

por Priscila Bastos

Carlos Barreto, poeta e coordenador do Movimento ArtePoesia acredita ser possível viver de poesia, apesar das dificuldades. Conta a Equipe do Site Poesia Baiana como funciona o projeto ArtePoesia e também sobre a experiência do primeiro livro.

Poesia Baiana- Como o senhor despertou para poesia?

Carlos Barreto- Poeta não desperta, já nasce para poesia. Desde os 16 anos que faço poesia. Aos 17 anos já estava com livro pronto para publicar, mas só quando eu vim morar aqui em Salvador é que consegui publicar meu primeiro livro O Sol reminiscências poéticas. É uma luta para se publicar um livro, como aliás ainda é até hoje. Esse livrou marcou a minha vida, porque foi em uma época que tinha perdido minha mãe. São poemas muito tristes.

O sr pode falar um pouco do Projeto ArtPoesia? O Movimento Cultural ArtePoesia começou em maio de 1999. Fazemos exatamente 11 anos. Foi um projeto meu e do outro Coordenador, o José da Boa Morte. Cada um tinha lançado um livro, eu lançado O Sol reminiscências poéticas e ele tinha lançado Gotas de inverno. Buscávamos alternativa para publicar nossos livros. Aí resolvemos divulgar nossas obras em um folhetim em formato A4 dobrado. Pegamos alguns anúncios colocamos e fizemos ArtPoesia, revista número 1, maio de 1999. Foi api que tudo começou. Na verdade, o nosso Movimento Cultural tem como carro-chefe a Revista Cultural ArtePoesia, que este ano já está no número 87. É uma revista de poesia da Bahia recorde de exemplares bancada pelos participantes sem apoio cultural.

Editora P55

Um dos proprietários da Editora P55 Marcelo Portugal explica para a Equipe do Site Poesia Baiana o interesse da editora por poesia e fala sobre o mercado editorial baiano.


Poesia Baiana -A dificuldade para lançar um livro é uma das queixas mais comuns entre os poetas baianos, como a Editora P55 vem contribuindo para minimizar esta situação?

Marcelo Portugal- A cadeia produtiva de um livro possui várias etapas, começando pelo texto, realizado por um autor. Após isso, temos a produção editorial e gráfica, com seus serviços, seguindo-se da promoção, distribuição e comercialização. A partir desta trilha, pela evolução tecnológica, a editora não vê grande problema na sua produção, mas sim nos outros segmentos – promoção, distribuição e comercialização. Sem que se resolvam estas questões, mesmo lançando-se livros, e continuaremos a lançá-los, ficaremos aquém do que poderíamos alçar editorialmente.

Porque a Editora se interessa pela literatura poesia diferindo assim de outras editoras?A editora possui entre suas linhas editoriais séries dedicadas às artes, ao teatro, a antropologia, teses, livros para adultos e infantis. A literatura não poderia ficar de fora. Tanto a prosa como a poesia. O que a diferencia é que em outras áreas, consultando as publicações, temos parcerias, algo que a literatura, prosa ou poesia, não traz. Se isto existisse, poderíamos estar produzindo muito mais.

Qual a opinião da Editora P55 com relação ao mercado editorial baiano atual quando se fala em poesia?

Quanto a autores, temos bons prosadores e poetas. Textos não faltam. Quanto a produção, temos editoras que podem muito bem produzir publicações de grande qualidade, por seu design ou pelo bom parque gráfico que temos. Como já foi dito acima, o nó está na promoção, seja na propaganda ou numa divulgação mais efetiva, tanto na imprensa como na rede escolar, com eventos que venham a estimular um público leitor; na distribuição, os mecanismos de se colocar um livro em pontos de venda ainda é bastante complexo; a comercialização, com poucas livrarias na capital, e quase nenhuma pelo interior, e também pela consequência que a falta de distribuição acarreta. Mas mesmo com estes problemas, qual o segmento que não os tem, a função de uma editora é publicar livros, e continuaremos a fazê-lo, dentro de nossas possibilidades.

Intervenção Poética

Na busca pela sobrevivência a poesia tem tomado outros rumos, outras formas de se fazer presente. Hoje este estilo literário está sendo divulgado através das intervenções poéticas, nome dado para a poesia divulgada dentro dos coletivos, nos bares e também nos pontos de ônibus.


A poesia deixou de estar apenas nos livros e pequenos grupos, tem tomado corpo e voz para chamar à atenção das pessoas para esta arte tão importante em nossa cultura. Poetas como Karina Rabinovitz, Marcos Peralta, Gabriel Bandarra e Pareta Calderash praticam intervenções nas ruas da capital baiana.

As ações realizadas por Karina são de espalhar bilhetes poéticos nos pontos de ônibus de Salvador e também colocar fragmentos da sua poesia em muros da cidade. A primeira vez que Karina divulgou a sua arte nos pontos de ônibus foi em junho de 2009.

“Eu acho que a poesia precisa extrapolar mesmo os limites chegar no dia-a-dia mais próximo das pessoas (…) a minha idéia é trazer a poesia mais pra perto das pessoas que estão na rua”.

Círculo de Estudo Pensamento e Ação – CEPA

por Priscila Bastos

O Círculo de Estudo Pensamento e Ação – CEPA tem 56 anos de existência e funciona sob a coordenação do jornalista Germano Machado ele que é fundador do CEPA no Brasil.


Germano trabalha arduamente para que a instituição funcione mantendo também o jornal institucional A Voz do CEPA sempre com notícias dos últimos encontros.

No CEPA são desenvolvidos trabalhos ligados à poesia como saraus poéticos e também são oferecidos cursos de filosofia e outros temas. É um espaço aberto para discutir assuntos atuais.

Ronco da Madrugada

por Priscila Bastos

O Grupo Ronco da Madrugada é composto pelas cantoras Aline Lobo, Juliana Leite e Larissa Lacerda. As amigas que têm em comum o gosto pela música, poesia e madrugada resolveram se unir e fazer apresentações nos palcos da cidade sendo uma boa opção para as noites dos baianos.


O nome do grupo gera curiosidade e Larissa Lacerda explica como surgiu a idéia. “Quando a gente teve a idéia de começar a fazer tinha que ter um nome, a gente não sabia que nome ia dar e a primeira vez que eu ouvi Alyne cantar foi uma música chamada Noite Severina que é linda! Ela é uma poesia. E tem um trecho da música que diz assim: “no ronco da cidade uma janela assim acesa” e quando eu ouvi essa parte a gente conversou e ficou Ronco da Cidade porque pensamos que tinha haver com o quê queríamos dizer, boêmia, ruído da madrugada, cidade e de repente a gente já tava usando Ronco da Madrugada e ficou madrugada”, declara Larissa.

Ronco da Madrugada

por Priscila Bastos

O Grupo Ronco da Madrugada é composto pelas cantoras Aline Lobo, Juliana Leite e Larissa Lacerda. As amigas que têm em comum o gosto pela música, poesia e madrugada resolveram se unir e fazer apresentações nos palcos da cidade sendo uma boa opção para as noites dos baianos.


O nome do grupo gera curiosidade e Larissa Lacerda explica como surgiu a idéia. “Quando a gente teve a idéia de começar a fazer tinha que ter um nome, a gente não sabia que nome ia dar e a primeira vez que eu ouvi Alyne cantar foi uma música chamada Noite Severina que é linda! Ela é uma poesia. E tem um trecho da música que diz assim: “no ronco da cidade uma janela assim acesa” e quando eu ouvi essa parte a gente conversou e ficou Ronco da Cidade porque pensamos que tinha haver com o quê queríamos dizer, boêmia, ruído da madrugada, cidade e de repente a gente já tava usando Ronco da Madrugada e ficou madrugada”, declara Larissa.

Cordel

Cordel é um tipo de literatura popular oral que nasceu no interior do nordeste. Passa de mão em mão através de folhetos e assim como outras artes populares faz uso do imprevisto e da criatividade de quem recita.


O cordel é usado para falar de assuntos que estão tendo repercussão, para criticar e emocionar. Hoje muitos cordelistas estão levando os versos para sala de aula como meio de estímulo e aprendizagem para os alunos.

Repente

por Priscila Bastos

Repente é uma literatura popular em que muitas vezes não se faz uso da escrita, mas da interpretação, o boca a boca. São feitos por artistas populares, cantadores que ao fazerem uso de violão estão disseminando a cantoria. Os repentes destacam o lirismo, o sentimento amoroso, os problemas sociais dentre outros assuntos.


Mas o que é ser repentista? Geralmente uma dupla que através do improviso faz versos, quando acaba o verso de seis a dez linhas quem tocava agora começa a cantar e nessa troca o repente acontece e encanta turistas e baianos.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Caruru dos Sete Poetas

por Priscila Bastos

O Caruru dos Sete Poetas – Recital com gostinho de dendê acontece todos os anos para lembrar a poesia, cultura e religiosidade baiana. O caruru aos sete meninos remete aos Ibejis, de tradição afro-brasileira e os santos católicos São Cosme e Damião.


O evento faz uma analogia aos sete meninos das manifestações religiosas reunindo sete escritores que recitam seus poemas, fazem performances tendo ainda às tão espontâneas e esperadas intervenções poéticas vindas da platéia.
 
Em 2009, na 6ª edição do evento entre os sete poetas convidados estavam: Antônio Carlos Barreto, Crismpim Quirino, Juraci Tavares, Nelson Santana, Sérgio Bahialista, Urânia Munzanzu e Vânia Melo. O Grupo CRIA Poesia e o grupo-musical afro-barroco Gêge Nagô também estiveram no evento.


Em 2010 o evento vai ser realizado no dia 25 de setembro, o idealizador do evento João de Moraes está terminando de confirmar quais poetas e apresentação muiscal estarão presentes na 7ª edição do Caruru dos Sete Poetas.

O evento é realizado pela Casa de Barro: Cultura Arte Educação, sendo patrocinado pelo Fundo de Cultura – Secretaria de Cultura/ Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia. Produção: Tabuleiro Produções. O evento é gratuito.

Mercado Editorial

por Priscila Bastos

O mercado editorial é queixa comum para escritores e quando o assunto é poesia é colocada pelos poetas baianos como a maior dificuldade para seguir a caminhada dos versos. “Olha poesia é a última opção das editoras, quando não tem opção nenhuma, tem editora que não quer nem que você fale em poesia.”, explica o poeta Valdeck de Almeida.


Em Salvador existem hoje grupos que se unem para publicar um livro devido à falta de interesse das livrarias em publicar poesia. É o caso dos poetas que fazem parte do projeto Fala Escritor. “Você pode fazer o seu próprio livro muito mais barato reúne um grupo de amigos, um faz a capa, o outro a contra-capa, o outro amigo a correção, o outro o design da capa e você consegue fazer o livro”, declara a poeta Renata Rimet.

A Editora P55 lançou em 2009 a coleção Cartas Baianas sendo a esperança para muitos que querem publicar um livro. O escritor, dramaturgo e livreiro Claudius Portugal é quem coordena a série. Macelo e André, filhos de Claudius são os proprietários da editora.

Uma das últimas foi o lançamento da coleção Cartas Baianas, que, em 2009, pôs 12 obras no mercado. A série, coordenada pelo escritor, dramaturgo e livreiro Claudius Portugal, é uma produção da Editora P55, de propriedade de dois dos filhos de Portugal, Marcelo e André.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Convite

Happy Hour Empresarial

O Shopping Bahia Outlet Center em parceria com o SEBRAE-PA Itapagipe,Varejo & ServiçO Shopping Bahia Outlet Center em parceria com o SEBRAE-PA Itapagipe, convida para o Workshop do Projeto Happy Hour Empresarial Varejo & Serviços, o qual tem como objetivo reunir num clima descontraído, lojistas e parceiros, para apresentar e debater ferramentas e técnicas comprovadamente eficazes na gestão de lojas e equipes e, sobretudo, na busca por resultados.


COMUNICAÇÃO – A AÇÃO QUE GERA BONS RESULTADOS



Resenha: Hoje, apesar de termos muitas formas de obter informações e conhecimentos, nem sempre estamos nos comunicando. Existe grande diferença entre comunicação e informação. Numa empresa não é diferente. Muitas informações são produzidas e causam impacto na vida dos funcionários, mas nem sempre geram mudanças de atitudes, ou ainda, causam confusão porque não foram divulgadas da forma adequada. Outras informações sequer chegam aos verdadeiros destinatários porque um gestor não identificou a essência comunicativa de determinado fato. Daí o valor da comunicação numa empresa.

Educadora FM

Jornalistas por formação

Conselhos a um jornalista


'Conselhos a um jornalista' reúne três diferentes escritos de Voltaire. O primeiro, que empresta seu nome ao livro, foi publicado pela primeira vez em 1737 e mostra as sugestões de Voltaire para o jornalista melhor expor para o grande público assuntos como filosofia, história, teatro, poemas, miscelânea de literatura, anedotas literárias, línguas e estilo. Na segunda parte estão dispostos em ordem cronológica os artigos de Voltaire publicados no Jornal de política e de literatura em 1777 na seção Miscelâneas Literárias. A última parte traz vinte e quatro artigos publicados entre março e novembro de 1764 na Gazeta Literária da Europa.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Blog Vizinhos de Útero


Acessem o blog Vizinhos de Útero, eu e a minha irmã Paloma estamos participando da página relatando a nossa experiência enquanto irmãs gêmeas.

sábado, 3 de julho de 2010

Gêmeas- Não se separa o que a vida juntou



Resumo:


Gêmeas têm como cenários o interior do Mato Grosso e as cidades do Rio de Janeiro e Brasília. No enredo, duas irmãs gêmeas recém nascidas são vendidas pela mãe e, assim, separadas ao nascer. O pai das crianças, ao descobrir a negociata, é assassinado ao tentar evita-la. A trama, a partir dessas fatalidades, é repleta de situações aparentemente eventuais que vão moldando a vida de mãe e filhas até que o inevitável reencontro acontece.

Livro

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Conquista!


A amizade e carinho dos colegas de trabalho da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA) é uma grande conquista. O muito obrigada à todos.
  As nossas conquistas são méritos do nosso merecimento ao longo da nossa caminhada.



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Confiram no site Poesia Baiana, perfis, matérias e entrevistas pingue-pongue com diversos poetas,
 cordelistas e repentistas.

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