Nos mais diversos ambientes e em qualquer mente humana a idéia de tempo existe e é perceptível. Vivemos em prol da hora, do minuto, do segundo, daquele instante, como se o roxímo minuto representasse o fim de um encantamento.
Com o tempo, há mudanças. Quem nunca se viu querendo voltar, ir além ou até mesmo deletar determinado momento? A verdade é que o tempo pode ser um aliado ou não.
É nos momentos em que o tempo nos desafia que paramos e pensamos..."Enquanto isso...?" Poderíamos parar de brigar com o tempo e fazer diferente, mudar o rumo da nossa história! E os outros, o mundo? Pessoas que foram, as quais adoraríamos rever, as que virão para nossas vidas, trazendo reflexões; então enquanto isso, quem dorme, quem acorda, quem ri e quem chora?
O "enquanto isso" abre possibilidades, a sensação de que a história poderia ser outra e de que há uma imensidão em total ebulição, cada qual em seus medos e acertos.
Enquanto alguém olha calmamente pela janela, outro a pula em pleno desespero, enquanto uns chegam, outros vão embora, uns bebem uma boa água gelada, outros ascendem um cigarro, há quem ouve uma animada música, crianças aflitas pedem colo, senhoras lembram com saudade de um tempo que não vota mais, namorados se beijam em total euforia, outros se olham com medo de declarar seus sentimentos, embora não percebam que já declaram, alguns ajudam, outros são ajudados, uns estão com sorte, já outros em pleo azar.
Enquanto o tempo passa, as nossas possibilidades encurtam. Se medíssemos o tempo, nos daríamos conta do que perdemos em nos preocuparmos muito com o tempo e talvez fôssemos mais soltos e livres.
E enquanto isso? Uns podem ter a chance de recomeçar e perceber o quão grande é o mundo e as possibilidades, conseguem transformar gatas borralheiras em cinderelas guerreiras, já outros seguirão como sempre, com o olhar limitado, preso a um tempo que o comanda.
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