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sexta-feira, 9 de julho de 2010

Carlos Barreto

por Priscila Bastos

Carlos Barreto, poeta e coordenador do Movimento ArtePoesia acredita ser possível viver de poesia, apesar das dificuldades. Conta a Equipe do Site Poesia Baiana como funciona o projeto ArtePoesia e também sobre a experiência do primeiro livro.

Poesia Baiana- Como o senhor despertou para poesia?

Carlos Barreto- Poeta não desperta, já nasce para poesia. Desde os 16 anos que faço poesia. Aos 17 anos já estava com livro pronto para publicar, mas só quando eu vim morar aqui em Salvador é que consegui publicar meu primeiro livro O Sol reminiscências poéticas. É uma luta para se publicar um livro, como aliás ainda é até hoje. Esse livrou marcou a minha vida, porque foi em uma época que tinha perdido minha mãe. São poemas muito tristes.

O sr pode falar um pouco do Projeto ArtPoesia? O Movimento Cultural ArtePoesia começou em maio de 1999. Fazemos exatamente 11 anos. Foi um projeto meu e do outro Coordenador, o José da Boa Morte. Cada um tinha lançado um livro, eu lançado O Sol reminiscências poéticas e ele tinha lançado Gotas de inverno. Buscávamos alternativa para publicar nossos livros. Aí resolvemos divulgar nossas obras em um folhetim em formato A4 dobrado. Pegamos alguns anúncios colocamos e fizemos ArtPoesia, revista número 1, maio de 1999. Foi api que tudo começou. Na verdade, o nosso Movimento Cultural tem como carro-chefe a Revista Cultural ArtePoesia, que este ano já está no número 87. É uma revista de poesia da Bahia recorde de exemplares bancada pelos participantes sem apoio cultural.
Sem apoio, como a revista sobrevive?Ela funciona em um sistema de cooperativa. Todas as despesas são divididas entre os participantes.

Como é feita a distribuição? Ela é vendida a preço gráfico. Quem coloca um texto pequeno tem uma cortesia de 26 exemplares. Quem coloca um texto maior, tem 50 exemplarese paga o número de exemplares pelo preço gráfico, que sai a R$ 1,60. Cada um repassa nos ônibus, nas escolas…

É uma revista semanal, mensal? Ela é bimensal. Era mensal, mas ficava muito corrido e trabalhoso para mim e para o outro coordenador, então resolvemos colocar de 2 em 2 meses.

É possível viver de poesia? Possível é. Conheço uma poetisa, Edmir Figueiredo, que fala assim: poesia não compra pão, mas faz um bem danado ao coração. Não compra pão, mas compra um pedacinho. Dá para viver…

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