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sexta-feira, 9 de julho de 2010

Editora P55

Um dos proprietários da Editora P55 Marcelo Portugal explica para a Equipe do Site Poesia Baiana o interesse da editora por poesia e fala sobre o mercado editorial baiano.


Poesia Baiana -A dificuldade para lançar um livro é uma das queixas mais comuns entre os poetas baianos, como a Editora P55 vem contribuindo para minimizar esta situação?

Marcelo Portugal- A cadeia produtiva de um livro possui várias etapas, começando pelo texto, realizado por um autor. Após isso, temos a produção editorial e gráfica, com seus serviços, seguindo-se da promoção, distribuição e comercialização. A partir desta trilha, pela evolução tecnológica, a editora não vê grande problema na sua produção, mas sim nos outros segmentos – promoção, distribuição e comercialização. Sem que se resolvam estas questões, mesmo lançando-se livros, e continuaremos a lançá-los, ficaremos aquém do que poderíamos alçar editorialmente.

Porque a Editora se interessa pela literatura poesia diferindo assim de outras editoras?A editora possui entre suas linhas editoriais séries dedicadas às artes, ao teatro, a antropologia, teses, livros para adultos e infantis. A literatura não poderia ficar de fora. Tanto a prosa como a poesia. O que a diferencia é que em outras áreas, consultando as publicações, temos parcerias, algo que a literatura, prosa ou poesia, não traz. Se isto existisse, poderíamos estar produzindo muito mais.

Qual a opinião da Editora P55 com relação ao mercado editorial baiano atual quando se fala em poesia?

Quanto a autores, temos bons prosadores e poetas. Textos não faltam. Quanto a produção, temos editoras que podem muito bem produzir publicações de grande qualidade, por seu design ou pelo bom parque gráfico que temos. Como já foi dito acima, o nó está na promoção, seja na propaganda ou numa divulgação mais efetiva, tanto na imprensa como na rede escolar, com eventos que venham a estimular um público leitor; na distribuição, os mecanismos de se colocar um livro em pontos de venda ainda é bastante complexo; a comercialização, com poucas livrarias na capital, e quase nenhuma pelo interior, e também pela consequência que a falta de distribuição acarreta. Mas mesmo com estes problemas, qual o segmento que não os tem, a função de uma editora é publicar livros, e continuaremos a fazê-lo, dentro de nossas possibilidades.

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