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sexta-feira, 9 de julho de 2010

Intervenção Poética

Na busca pela sobrevivência a poesia tem tomado outros rumos, outras formas de se fazer presente. Hoje este estilo literário está sendo divulgado através das intervenções poéticas, nome dado para a poesia divulgada dentro dos coletivos, nos bares e também nos pontos de ônibus.


A poesia deixou de estar apenas nos livros e pequenos grupos, tem tomado corpo e voz para chamar à atenção das pessoas para esta arte tão importante em nossa cultura. Poetas como Karina Rabinovitz, Marcos Peralta, Gabriel Bandarra e Pareta Calderash praticam intervenções nas ruas da capital baiana.

As ações realizadas por Karina são de espalhar bilhetes poéticos nos pontos de ônibus de Salvador e também colocar fragmentos da sua poesia em muros da cidade. A primeira vez que Karina divulgou a sua arte nos pontos de ônibus foi em junho de 2009.

“Eu acho que a poesia precisa extrapolar mesmo os limites chegar no dia-a-dia mais próximo das pessoas (…) a minha idéia é trazer a poesia mais pra perto das pessoas que estão na rua”.


O Poeta Pareta Calderasch espalha poesia nas ruas através de um personagem que é um valete de espadas, mas é multifacetado em identidades. Pareta trabalha diretamente com recital de poesia usando técnicas de circo e de teatro.

“Faço esse trabalho nos ônibus, em eventos, entradas de teatro (foyer), bares no Rio Vermelho no intervalo dos músicos e outros lugares onde me chamam. Tudo surgiu do meu amor por poesia na escrita aos 14 anos, depois conheci o Movimento Cultural CEPA e comecei a recitar nos palcos, aí conheci o Felipe ano passado e comecei a recitar nas ruas. Eu quero que a poesia chegue às pessoas e possa mudar o dia delas, por isso a poesia em lugares inesperados como nos coletivos. Faço poesia nos ônibus desde março do ano passado”, declara Pareta.

O poeta Gabriel Bandarra há quase quatro anos faz o personagem Zé da Mala nos ônibus da cidade “Pensei: É o único lugar que as pessoas poderiam me ouvir, porque tá todo mundo sentado e não tem como escapar de mim!”, explicou Bandarra.

Hoje as intervenções poéticas animam a vida de passageiros que esperam pelo ônibus ou estão dentro deles indo ao trabalho é uma forma de levar para as pessoas esta arte tão enriquecedora e muitas vezes pouco lembrada nas festas que acontecem em Salvador.

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