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quinta-feira, 8 de julho de 2010

Mercado Editorial

por Priscila Bastos

O mercado editorial é queixa comum para escritores e quando o assunto é poesia é colocada pelos poetas baianos como a maior dificuldade para seguir a caminhada dos versos. “Olha poesia é a última opção das editoras, quando não tem opção nenhuma, tem editora que não quer nem que você fale em poesia.”, explica o poeta Valdeck de Almeida.


Em Salvador existem hoje grupos que se unem para publicar um livro devido à falta de interesse das livrarias em publicar poesia. É o caso dos poetas que fazem parte do projeto Fala Escritor. “Você pode fazer o seu próprio livro muito mais barato reúne um grupo de amigos, um faz a capa, o outro a contra-capa, o outro amigo a correção, o outro o design da capa e você consegue fazer o livro”, declara a poeta Renata Rimet.

A Editora P55 lançou em 2009 a coleção Cartas Baianas sendo a esperança para muitos que querem publicar um livro. O escritor, dramaturgo e livreiro Claudius Portugal é quem coordena a série. Macelo e André, filhos de Claudius são os proprietários da editora.

Uma das últimas foi o lançamento da coleção Cartas Baianas, que, em 2009, pôs 12 obras no mercado. A série, coordenada pelo escritor, dramaturgo e livreiro Claudius Portugal, é uma produção da Editora P55, de propriedade de dois dos filhos de Portugal, Marcelo e André.

A forma como o projeto vem ajudando os escritores é em colocar na praça livros em forma de envelope no valor de 10 reais o que ajuda para uma produção maior de livros e também na circulação destes.

“A cadeia produtiva de um livro possui várias etapas, começando pelo texto, realizado por um autor. Após isso, temos a produção editorial e gráfica, com seus serviços, seguindo-se da promoção, distribuição e comercialização. A partir desta trilha, pela evolução tecnológica, a editora não vê grande problema na sua produção, mas sim nos outros segmentos – promoção, distribuição e comercialização. Sem que se resolvam estas questões, mesmo lançando-se livros, e continuaremos a lançá-los, ficaremos aquém do que poderíamos alçar editorialmente” explica Marcelo e emenda “(…) a função de uma editora é publicar livros, e continuaremos a fazê-lo, dentro de nossas possibilidades”.

O poeta Ildásio Tavares dá a sua opinião sobre o assunto: “É muito díficil quase impossível um poeta publicar um livro porque poesia não vende poesia tá fora do comércio. Então você tem que sempre esta tendo alguma entidade pra fazer uma co-edição com você ou então pagar a sua própria edição. Existe uma série de editoras aqui que estão começando a surgir, mas elas fazem uma coisa que eu acho que é fundamental, entendeu? Tem que colocar o livro pra fora aqui da Bahia”.

Apesar de toda dificuldade os poetas estão procurando meios para realizar o sonho possível, juntos viabilizam formas para fazer o livro de forma mais barato e vê-lo sendo passado de mão em mão. O incentivo a publicação de livros para muitos ainda é uma utopia, mas aos poucos surgem editoras e pessoas dispostas a ajudar.

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